[CONEXÃO TEOLÓGICA]®

"Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus. 2Pe 3:18)


LIÇÃO 13  -  AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA!

  1. INTRODUÇÃO
    1. Nesta última lição do trimestre estudaremos sobre a importância do verdadeiro e genuíno avivamento espiritual, principalmente nestes dias em que o pecado e a iniquidade crescem assustadoramente, e muitos cristãos estão vivendo momentos de frieza espiritual e até abandono da fé.
    2. Por estas e outras razões, mais do que nunca, devemos clamar como o profeta Habacuque: “aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos...” (Hc 3.2).
  2. O QUE SIGNIFICA AVIVAMENTO?
    1. A palavra avivamento deriva-se da palavra avivar, que quer dizer: “tornar-se mais vivo”, “estimular”, “animar”.
    2. Avivar significa tornar alguém mais vivo, mais dinâmico e ativo.
    3. Em relação à igreja, podemos dizer que avivamento é a restauração do primeiro amor (Ap 2.4,5), resultando no despertamento, arrependimento e na busca incessante pela presença de Deus (Ne 8.1-18; 9.1-38; 10.29).
  3. QUAIS OS ELEMENTOS DO VERDADEIRO AVIVAMENTO?
    1. Nos dias de Esdras, o povo de Deus experimentou um grande avivamento.   
    2. Baseado nessa experiência, podemos aprender sobre os principais elementos do genuíno avivamento. Vejamos:
                                         i.    Oração sincera (Ed 8.21-23). 
1.    Esdras foi o comandante do segundo grupo de judeus que retornaram à Palestina após o cativeiro babilônico.
2.    Ele entendeu que qualquer projeto para um despertamento espiritual do povo de Deus inicia com oração.
3.    Todos devem clamar por um avivamento poderoso, glorioso e soberano, oriundo de Deus para nossas vidas (Ed 9.1-5).
4.    Todos os avivamentos da Bíblia e da história da igreja foram marcados e conservados pela oração, jejum, arrependimento, confissão, quebrantamento de espírito, humilhação diante de Deus e santidade (Ed 10.6; Ne 1.4-11; Hc 1.1).
                                        ii.    Louvor agradável a Deus (Ed 3.10,11).  
1.    Antes do cativeiro, o povo de Deus havia recebido orientações sobre a maneira como louvar ao Senhor, sob o reinado do salmista e rei Davi.
2.    Após o cativeiro, no período da reconstrução, quando experimentavam um avivamento na nação louvaram a Deus, pois o verdadeiro louvor é parte essencial na vida daqueles que são alcançados por um grande mover espiritual.
                                       iii.    A Palavra de Deus (Ed 7.10).  
1.    A Palavra de Deus, que é poderosa, penetrante e renovadora, é o grande agente divino para o avivamento.
2.    Todo e qualquer clamor por um despertar divino, seja ele coletivo ou individual, não pode ocorrer sem que tenha base na Palavra de Deus.
3.    É ela quem quebranta os corações, que expõe o pecado e nos leva ao reconhecimento da necessidade urgente de uma volta ao Deus (Ne 8.512).
                                       iv.    O temor ao Senhor (Ed 10.1).  
1.    Sem um avivamento contínuo em sua vida, o cristão perde, aos poucos, o temor ao Senhor, a repulsa pelo pecado e torna-se insensível ao Espírito Santo.
  1. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO AVIVAM ENTO?
    1. O livro dos Atos dos Apóstolos descreve as características de uma igreja que vivia sob o mover do Espírito Santo.
    2. Vejamos, então, as características dessa igreja avivada:
                                         i.    Perseverança na Palavra. 
1.    Todo avivamento autêntico está centrado em Deus e em sua Palavra.
2.    A expressão: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...” (At 2.42a) tem o mesmo sentido de “perseverar na doutrina de Cristo” ou “perseveravam em obedecer a Palavra de Deus”.
                                        ii.    Perseverança na comunhão. 
1.    Uma igreja avivada vive como um corpo bem ajustado (I Co 12.12), onde não há lugar para contendas, rixas e fofocas entre os cristãos (At 2.42 b; Sl 133.1).
                                       iii.    Perseverança no partir do pão.   
1.    A expressão “partir do pão” (At 2.42c) refere-se a Santa Ceia.
2.    Uma igreja avivada reconhece a importância de se reunir para lembrar a morte do Senhor Jesus.
3.    Ele mesmo disse: “fazei isto em memória de mim...” (I Co 11.24,25).
                                       iv.    Perseverança na oração. 
1.    Sem oração não pode haver avivamento.
2.    A igreja deve orar não apenas pelo avivamento, mas também pela manutenção do mesmo, priorizando o reino de Deus e a sua justiça, pois, o principal objetivo da oração não é a busca dos bens terrenos, e sim, uma profunda comunhão com Deus (At 2.42d; Mt 6.33).
                                        v.    Temor.
1.    Era outra característica da igreja primitiva.
2.    É interessante observar que o texto diz: “E em toda a alma havia temor...” (At 2.43a).
3.    Não era apenas em alguns cristãos, ou na maioria dos cristãos, e sim, “em toda a alma”.
4.    Nenhuma igreja poderá ser avivada, se não houver temor ao Senhor.
                                       vi.    Desprendimento dos bens materiais.   
1.    Uma igreja avivada não se apega aos bens materiais.
2.    Por isso, a igreja primitiva repartia seus bens com os necessitados, como uma prova de amor ao próximo e desprendimento dos bens terrenos (At 2.44,45; Cl 3.1-3).
                                     vii.    Perseverança em ir ao templo.   
1.    O médico Lucas diz que aqueles cristãos “perseveravam todos os dias no templo...” (At 2.46a).
2.    Isto nos ensina que uma igreja avivada reconhece a necessidade de estar na casa de Deus (Sl 122.1).
3.    É lamentável que, nos dias atuais, muitos cristãos não perseveram em ir ao templo.
                                    viii.    Louvor a Deus.  
1.    Quando a igreja é avivada, Deus é louvado no seu templo (At 2.47).
2.    Não há lugar para show e muito menos estrelismo.
3.    Uma igreja avivada ocupa-se com a genuína adoração ao Único e Verdadeiro Deus (Jo 4.23,24).
  1. QUAIS OS RESULTADOS DO GENUÍNO AVIVAMENTO?
    1. É quase impossível descrever, em sua totalidade, os resultados de um autêntico avivamento.
    2. Vejamos, então, apenas alguns:
                                         i.    No Antigo Testamento. 
1.    O AT descreve diversos avivamentos que ocorreram no meio do povo de Deus, tais como:
a.    reinado de Asa (II Cr 15. 1-15);
b.    no reinado de Joás (II Rs 11 e 12);
c.    no reinado de Ezequias (II Rs 18. 4-7);
d.    no reinado de Josias (II Rs 22 e 23);
e.    nos dias de Esdras e Neemias (Ne 8.1-18; 9.1-38), além de outros.
2.    Todos eles ocorreram em momentos de crise moral e espiritual, e tiveram como resultado:
a.    Obediência aos mandamentos divinos (II Rs 18.6; II Rs 22.2; 23.3; Ne 9.38);
b.    Retorno do culto ao Senhor (II Cr 15.8; II Rs 23.21-23; Ne 8.13-18);
c.    Destruição dos ídolos (II Cr 15.8; II Rs 18.4; II Rs 23.4-20);
d.    Arrependimento, confissão e abandono do pecado (II Rs 22.11; Ne 9.1-3);
e.    Entrega de ofertas e holocaustos ao Senhor (II Cr 15.11; II Rs 11.11; 22.4-7);
f.     Prosperidade espiritual (II Rs 18.6; 23.25).
                                        ii.    No Novo Testamento. 
1.    As experiências vividas na Igreja Primitiva nos revelam o que acontece quando a igreja é avivada. Vejamos:
a.    Pregação do Evangelho com ousadia, mesmo em meio às ameaças (At 4.20,29; 5.29);
b.    Conversão de almas (At 2.14-42; 5.14; 8.12; 11.21);
c.    Batismo com o Espírito Santo (At 8.14-17; 10.44-46; 19.1-6);
d.    Milagres e maravilhas (At 3.6-9; 8.5-8; 9.32-42);
e.    Dedicação a obra missionária (At 1.8; 13.1-4);
f.     Ação social (At 6.1-3; 9.36).
  1. CONCLUSÃO
    1. Mesmo vivendo nesses tempos difíceis, em meio a uma sociedade corrompida e perversa, devemos entender que é possível experimentar o verdadeiro avivamento.
    2. Deus é o mais interessado que a Igreja seja avivada, para que ocorram muitas conversões, milagres, curas, batismo com o Espírito Santo e manifestação dos dons espirituais.
    3. Por isso, neste ano em que se comemora o Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, busquemos, com todo fervor e devoção o genuíno avivamento, sabendo que o Senhor Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8).

REFERÊNCIAS:

  Bíblia de Estudo Pentecostal.  Donald C. Stamps. C.P.A.D.
  Dicionário Teológico.  Claudionor C. Andrade C.P.A.D.
   Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. de R.N. Champlin. HAGNOS.
  Apostila: Avivamento, uma realidade para os dias atuais. Sup. Camp. Ev. IEADPE.

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