[CONEXÃO TEOLÓGICA]®

"Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus. 2Pe 3:18)

 
CONSERVANDO A PUREZA DA DOUTRINA PENTECOSTAL

  1. FALSOS DOUTORES E PROFETAS
    1. A presença de falsos profetas e doutores no seio da Igreja não é algo recente.
                                          i.    Desde os seus primórdios, levantaram-se inimigos da sã doutrina.
                                         ii.    Estes, porém, foram fortemente combatidos pelos apóstolos do Senhor.
                                        iii.    Paulo, pela revelação do Espírito, asseverou aos presbíteros da igreja em Éfeso: “Por que eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vos mesmos levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si” (At 20.29,30).
    1. Nesse texto, o apóstolo destaca dois tipos de falsos doutores, a saber:
                                          i.  Os que viriam de fora;
                                         ii.  os que se levantariam no seio da própria igreja.
1.     Nem todos os que utilizam o nome de Cristo são crentes verdadeiros (Mt 24.4,5).
2.     Em, pelo menos, quatorze ocasiões Jesus preveniu os seus discípulos acerca dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; Mc 8.15; 12.38 40). 
                                        iii.    Podemos destacar algumas características de tais impostores:
1.     São vaidosos, preocupados com a popularidade (III Jo 9);
2.     São contenciosos, com discursos polêmicos e infrutíferos (I Tm 1.3,4);
3.     São pregadores por conveniência, falando apenas o que agrada ao povo (At 20.30; II Tm 4.3);
4.     Alguns chegam a ensinar doutrinas de demônios (I Tm 4.1);
5.     São fraudulentos (II Co 11.13);
6.     Blasfemam o caminho da verdade e mercadejam a Palavra de Deus (II Pe 2.1-3);
7.     São considerados anticristos (I Jo 2.18);
8.     Judas, de forma contundente, chama os falsos mestres de manchas, árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas, ondas impetuosas do mar, estrelas errantes (Jd 12,13).
                                        iv.    Todas estas características, além de serem notadas nas seitas mais combatidas pelos cristãos, tais como o mormonismo, o adventismo, o espiritismo e as Testemunhas de Jeová, também se notabilizam nos grupos denominados neopentecostais, que estão se proliferando velozmente.
1.     Vejamos alguns postulados de tais grupos:
POSTULADOS
REFUTAÇÃO
Cura interior mediante regressão psicológica, negando o poder de Cristo para tal.
Uma das finalidades do ministério de Cristo foi a de restaurar a condição interior do ser humano (Lc 4.18; Is 61.2)
Confissão Positiva. Enfatizam a força do pensamento como agente modificador da realidade.
A fórmula básica é: Diga; Faça; Receba; Conte.
Lembramos que somos apenas servos, submissos a vontade do Senhor (Mt 6.10).
É Ele, e não nós, quem ordena a bênção (Dt 28.1-14; Sl 133.3)
Para enfeitar os seus discursos, eles fazem diferença entre as palavras gregas rhema e logos.
A primeira seria a palavra falada por Deus em revelação a qualquer pessoa com o mesmo peso das Escrituras;
A segunda seria a Palavra escrita de Deus.
À luz dos originais, não é possível fazer tal distinção.
Em Is 40.8, na Septuaginta, lê-se: rhema tou theou (palavra de Deus).
Em Mc 7.13, lê-se: logon tou theou
(palavra  de  Deus).
Enfatizamos ainda que a inspiração cessou no Apocalipse.
Um crente que esteja sofrendo, ou desempregado, ou enfermo é porque não tem fé suficiente para triunfar sobre o problema ou está em pecado.
A Bíblia tem abundantes referências que mostram o contrário.
O termômetro espiritual do crente não são as  bênçãos materiais, pois gigantes da fé padeceram necessidades (Hb 11.32-37; Fp 4.11-14).
São adeptos da “Simonia”, isto é, mercadejam a fé, oferecendo bênçãos e curas divinas mediante pagamento de certa quantia em dinheiro.
A palavra “simonia” é uma alusão a Simão, o mágico de Samaria, que quis comprar o dom do Espírito com dinheiro (At 8.18-21).
As características que o apóstolo Pedro atribuiu a Simão são exatamente as mesmas dos líderes neopentecostais atuais, quais sejam: perdidos, sem comunhão, coração perverso, iníquos (At 8.20,21).
Dão ênfase excessiva aos anjos, chegando a cultuá-los.
Os anjos, tais quais os homens, são criaturas de Deus (Gn 2.4; Ne 9.6).
Em momento algum eles aceitaram adoração (Ap 19.10; 22.8,9).
É pecado cultuá-los (Cl 2.18).
São supersticiosos.
Vemos claramente que os grupos neopentecostais são supersticiosos, adaptando  práticas pagãs e demoníacas à realidade de igrejas ditas evangélicas.
Elementos como sal grosso, rosas, areias,  águas de determinados lugares, roupas,  tapetes e fotos passam a ter poder.
Isso é heresia.
É Interessante que o termo supersticioso, no  grego, é deisidaimonia, significando literalmente “temor aos demônios, aos espíritos malignos ou divindades pagãs”.
Aponta também para crendices religiosas e até animistas, ou seja, atribuir vida e poder a coisas inanimadas.
No entanto, devemos entender que é Deus quem opera tudo em todos (I Co 12.6).
É o Nome de Jesus que tem poder para fazer todas as coisas (Mc 16.17-19).

  1. CONSERVANDO O PENTECOSTES
    1. Infelizmente alguns grupos pentecostais iniciaram muito bem; pregando, além das demais doutrinas bíblicas, o batismo com o Espírito Santo e a atualidade dos dons espirituais.
    2. Hoje, porém, estão contaminados e já não há mais espaço para manifestações do Espírito, e nem se ouve mais línguas estranhas entre eles.
    3. Eles abriram mão da pureza, deixando-se influenciar por fatores internos e externos.
                                          i.    Podemos comparar os Pentecostais no Brasil com a igreja de Sardes (Ap 3.1-6).
1.     Todos começaram bem.
2.     Com o passar do tempo, entretanto, uns esfriaram e até morreram espiritualmente;
3.     Outros, contudo, não se contaminaram e conservaram brancas as suas vestes (Ap 3.4).
4.     Para conservar a pureza do Pentecostes, o crente deve:
a.     Apartar-se do mal e dos maus (Sl 1.1; II Co 6.17; I Pe 3.11);
b.     Permanecer firmes durante a constante batalha espiritual que nos cerca (Ef 6.11-18);
c.     Na Lei havia apagadores de fogo (Ex 25.38). Na atual dispensação não se deve, em nenhuma hipótese, apagar o Espírito (I Ts 5.19);
d.     Ouvir constantemente a voz do Espírito, sendo por Ele guiado em todo o tempo (Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; Gl 5.16-18);
e.     Viver em constante oração (Ef 6.18; I Ts 5.17);
f.      Ler, meditar e viver incondicionalmente a Palavra de Deus, não admitindo quaisquer distorções e modismos de grupos heréticos (Jo 17.17; At 4.29-31; 17.11; Ef 4.14).
                                         ii.    Dentre outras características que podíamos mencionar, uma merece destaque:
1.     A renovação espiritual. Renovar é “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”.
2.     Na renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (Sl 103.5; Rm 12.2; Ap 2.4,5).
3.     Não deixemos que a experiência e a pureza da Doutrina Pentecostal envelheçam e percam o seu vigor em nossas vidas.
4.     Apreciemos algumas características da renovação:
a.     Retorno às experiências espirituais do passado: A força e o fervor espiritual dos primeiros dias na fé devem perpetuar-se, e até aumentar ao longo dos anos para que não nos ocorra o mesmo que ocorreu aos gálatas (Gl 3.3);
b.     Restabelecimento das bênçãos perdidas: Caso não haja renovação, o crente pode vir a perder as bênçãos dadas por Deus como o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (Sl 51.12), a fé (I Tm 6.10), a firmeza em Deus (II Pe 3.17);
c.     Recebimento de novas bênçãos: Quando somos renovados recebemos promessas de novas bênçãos;
d.     Renovação diária: Não é apenas o homem exterior que precisa de renovação diária, o homem interior também a necessita (Is 40.28-31; II Co 4.16);
e.     Renovação consciente e desejada: O crente precisa entender e desejar ardentemente a renovação espiritual, a fim de que ele mantenha-se afastado do mundo (Ef 4.25-31; 5.11), aprofunde-se na Palavra de Deus (Jo 6.63), cresça na fé (II Ts 1.3), não perca o ânimo (Ef 5.14).
  1. CONCLUSÃO
    1. Concluímos que há dois aspectos principais no que diz respeito à conservação do Pentecostes:
                                          i.    O doutrinário, e o devocional.
1.     Se nos precavermos quanto aos falsos doutores e profetas com seus ensinamentos, combatendo-os pela Palavra, e procurarmos viver em constante leitura bíblica, oração e santificação, seremos verdadeiros cristãos pentecostais, cheios do Espírito e dispostos a fazer com ousadia a obra do nosso Deus.
  1. REFERÊNCIAS

•   Introdução à Teologia Sistemática. Eurico Bergstén. Cpad.
•   Verdades Pentecostais. Pr Antônio Gilberto.  Ed. Cpad.
•   Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. Ed. Cpad.
•   Lições Bíblicas, Jovens e Adultos; 2° Trimestre de 2006. Heresias e Modismos. Cpad.

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